quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O que me contas tu?
Solene esperança
Onde estás?
A me procurar?
Porque necessito da sua ajuda
Talvez em mim a criança
Que tento minimamente esconder
Seja só um artifício
Que não devesse entender
Mas quando se perde a confiança
Não se sabe como agir
Talvez o mundo não gire em torno de ti
E as paixões vão sendo dissolvidas
Em meio o sangue fervente
E os corações tristes
Dançam em volta da fogueira
Mas seu sonho ainda deveria existir
Ou simplesmente morrer ao seu lado
Mas sem a esperança não se sonha
Mas sem sonho não se tem esperança
Talvez seja por isso que eu esteja aqui
Agora, em uma rua fria e escura
Sozinha
Conversando com o nada
Sendo amiga da mentira
Mas desistir do mundo não é apenas morrer
E morrer não é não existir
Estou morta
Mas ninguém sabe
E meu corpo funcionando
Me faz da morte esquecer
Esquecer que viva já não estou
E que por estar morta deveria morrer...

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