Você acaba comigo
Sinto meus suspiros a dilacerar
Meu coração machucado
E todas as dores que sinto no peito
Discorrem aos meus pulsos
Talvez seja demais para suportar
Talvez essas dores chegem as minhas veias
E assim acabem aos poucos
Com o leve tom de morte a se aproximar
Não sou digna de viver
Minha ultima esperança
É morrer por algo nobre
Ou melhor
Ser assassinada pelas minhas próprias mãos
Guiadas por suas palavras que ferem
Mesmo que pra você pareçam reconfortantes
Não são
Sou como uma criança
Mesmo depois de mordida por seu cachorro
Sorri ao vê-lo pular em festa
Sou como a lua
Que chora ao saber
Que nunca poderá existir
Se decidir se juntar ao sol
Em plena luz do dia
Eu sou a parte obscura dos seus sonhos
Sou o fogo em um tipico dia de inverno
Que te aquece
Mas quando o verão chegar
Será descartado
Sem dó nem piedade
Porque o fogo não é importante
Ele é destrutivo
Você o teme
E eu o amo
Eu sou o passado no presente
Vivo o ontem não o agora
Eu sou o inferno
Disfarçado de céu em seus pés...
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." - Platão
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Tão sério você sorriu para mim
Como um raio de sol em um dia nublado
E todas aquelas nuvens
Para mim desapareceram
Simplesmente simples
O céu é mais do que pensamos
E naqueles nascer-do-sol
Em que assistimos juntos
Eu mal sabia
O quanto hoje significariam
Acordamos antes do sol
Viajamos em suas luzes multicoloridas
E hoje percebemos o belo que aquilo representava
Talvez não você
Mas eu ainda tenho aquela blusa
Que seu cheiro não sai
Não importa o quanto eu tente
Eu ainda tenho aquela nova coroa
Que substituiu a do nosso primeiro dia juntos
Porque você sabe como não sou organizada
Mantemos os mesmos costumes
Mas hoje você não me abraçou
Você não me acordou antes do sol
Nós não vimos o nascer de um novo dia
O seu cheiro não está mais na minha blusa
E aquela coroa ainda me lembra
Do quanto fui feliz naquele dia
E durante aqueles quase 3 meses juntos
Quase
Terminamos poucos dias antes não é mesmo?
É estranho como mesmo depois de um certo tempo
Eu ainda me sinto do mesmo jeito
Você ainda sente do mesmo jeito
E o que nos impede de ficarmos juntos?
Será o nosso orgulho?
Ou talvez nossos medos
Ou a zona de conforto que não queremos sair
Mas tudo bem
Um dia agente resolve
Talvez
Quem sabe um dia você sai da minha mente
Mas será que sairá do meu coração?
Eu temo que não....
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Me desculpe por querer ser romantica,
Bobinha
E apaixonada
Não tenho culpa se meus sentimentos
Insistem em virar palavras
Mas você não se importa
Por mais que eu tente isso está passando pra você
Porém pra mim não
Odeio te ver apenas repetindo minhas juras de amor
Você poderia ser mais clássico talvez
Ou eu deveria ser menos eu
Deveria ser menos romântica
Isso sempre me machuca
E eu sempre acabo amando mais
Do que os que dizem me amar
Porque eu sempre cedo por eles
Mas eles nunca cedem por mim
Me apaixono fácil
Mas a intensidade não vem tão simples assim
E quando eu estou prestes a me jogar no escuro
Você retira o meu chão
E me deixa caindo aos seus pés
Simplesmente por gostar de me ver assim
Eu não tenho culpa se o amo tanto
Você é o culpado
Você que me disse pela primeira vez
Aquelas três palavras que nunca disse
Mas eu ainda te amo
Você diz que me corresponde
Mas ao virar às costas
Você está em outros braços novamente
Porque não me prova que o que me diz
É realmente verdade?
Porque se for
Quem sabe poderei novamente
Acreditar no amor.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Os mesmos sonhos não são suficientes
Se agora ando as ruas solitária
Imagino o seu caminhar lento e sinuoso
Um pouco desengonçado
Mas você não precisa saber disso
Seus pés escorregam levemente pela calçada
Como uma criança que se diverte em um escorregador
Cada movimento seu é ritmado
Como talvez aquela tão famosa sinfonia
Seus olhos miram o mundo
Como duas ameixas pretas fitando cada movimento ao seu redor
Eles costumavam fitar a mim
Suas mãos balançando levemente contra o vento
Me lembram o vôo dos pássaros no céu
Elas costumavam seguras as minhas
A sua boca sempre com as mesmas piadas que quase ninguém ri
Elas me faziam rir
Por mais que você possa não saber
Seus cabelos
Ah como gostava de bagunça-los
Você nunca se importava
Porque antes eramos nós
Mas o branco do seu uniforme
Continua a cintilar a minha volta
Mas nunca ao meu lado
Os dias tenebrosos vieram
Agora só me resta observar-te
Assim, mesmo de longe
Você me parece o certo para estar ao meu lado
Mas não são nossas escolhas não é mesmo?
Eu sei que logo seguirá em frente
E quando isso acontecer
Desejo não estar por perto
Porque irá doer
Como uma ferida exposta
Porém oculta aos olhos de todos
Porque eles não saberão o quanto meu sofrimento aumenta
Porque você não saberá da dor que invade meu peito aos poucos
Como saberei que será a hora de seguir em frente?
Se nem ao menos posso caminhar
Porque o meu caminhar se constrói sobre o seu
Quem irá me levantar a cada tropeço quando você seguir em frente?
Quem irá fugir comigo quando tudo parecer tão errado?
Quem poderei chamar de meu a cada partida?
Quem poderá me abraçar quando eu estiver novamente perdida?