quarta-feira, 1 de julho de 2015

Lembra-se das promessas?
Aquelas palavras ditas ao vento
Aquela época que você era a única fonte de inspiração?
O medo de um anel em seu dedo
E nenhum no meu?
Medo de um sonho impossível
Que sonhei sozinha
Você nunca o quis
Só tentou não me magoar
Acho que você ainda não sabe
Como amar machuca não é?
Sinto a falta de cada gesto singelo
E te ver ao lado dela
Me apaga da sua vida
Da sua vista
Se você visse
Como deixou meu coração
Pensaria duas vezes antes de me magoar
Nem poemas consigo mais fazer
Agora vou todo dia
Naquele café que íamos
Mas você não está mais lá
Ninguém mais está
Agora todo seu medo
Passou
E nem mesmo pudores tem
Ao ver seu desfilar feliz
Fico triste
Por ver que se recuperou
Muito antes de mim
E nem se deu conta do meu estado
Mesmo chorando ao seu lado
Tudo bem

Quase para sempre

Vamos olhar ao lado
Pensar no passado
Sonhar com o agora
E programar o futuro
Se os carros vão rápido
O pensamento voa para mais longe
Olhe para a lua
Ela pode te contar uma história
Somos cegos
Mas vemos o escuro
Se cada pequena luz
Dessa grande cidade
Fosse uma faísca da felicidade
Talvez ela não existisse
Seria fácil demais
Talvez seja mais simples do que pensamos
Podemos durar mais uma estação se quiser
Me dê uma razão para o contrário
Vejo o infinito
Da imensidão desse mundo
E penso
Deus, se tu não existe
Como tudo isso poderia ser real?
E eu, o que sou?
Mera convenção?
Ou algo importante
Não, somos apenas poeira
Nós passamos com o vento
O que fica é a nossa bagagem
E você, está disposto a carregar a minha
Se eu disser que carrego a sua?
E juntos partimos
Para onde seremos menos ainda que poeira
Por que o pó ainda incomoda
Ninguém saberá de nós
E juntos faremos tudo o que quisermos
Vamos andar no trilho de um trem inativo
Construir nossos impérios
Seremos os reis da natureza
E só seremos
Eu, você
E um violão desafinado
Porque ninguém estará lá para julgar
Faremos nossa própria melodia
E daí em diante,
Nem mesmo o céu
Será nosso limite
Vivendo
Felizes
Quase
Para sempre

Versos de esquina

Para onde fora a poesia
Se as esquinas estão vazias
Os sonhos acabados
O medo ao meu lado
Inspiração me falta
Aos versos que nada dizem
Amor? Não existe
Se tamanho sentimento
De tão nobre dado
Acabou por desconhecido
Não há esperança
Meu corpo se curva aos prantos
O fogo fascina
Mas só trás destruição
Onde estão as verdades?
Tudo parece incerto demais
Para onde se direcionam meus olhos?
Se não vejo?
E assim a vida continua
A não certeza assusta
Mas talvez a verdade destrua mais
E nada se torne,novamente,
"Feliz"