Não somos livres
Somos todos julgados pelos nossos desejos
E aceitamos que nos digam que são errados
Nos deixamos convencer que não era o que queríamos
Somos manipulados ao dizerem que estamos sendo manipulados
Como vivemos assim?
Como sobrevivemos?
Minha cabeça é como uma neblina
Não se sabe ao certo o certo
Não se sabe ao certo o errado
E onde estou nisso tudo?
No meio do nevoeiro
Parada
Sozinha
Não, sozinha não estou
Existem as vozes
Os gritos
Os risos
O que eu estou fazendo com a minha vida?
Com certeza não é o que eu quero
Não é fruto da minha vontade
A névoa me cega
Me derruba
Me perturba
Onde estou?, pergunto às vozes
Inútil
Elas também estão perdidas
Algumas mais, outras menos
Mas se estão perdidas porque fingem me mostrar o caminho?
Que caminho?
Ele existe?
Se eu amo, amo o errado, é o que dizem
Se eu não gosto, deveria gostar
Se eu desejo, deveria repudiar
"Porque eu sei o que é melhor para você"
Como? Você sabe mesmo quem eu sou?
Sabe o que eu sinto?
Não né?
Ninguém me conhece como eu
Por mais transparente que me mostro
Enquanto uns querem achar que me conhecem,
Outros fingem que não sabem quem sou
Talvez eu não seja nada,
Por isso esteja tão desolada
Nessa terrível neblina
Que agora vira noite
E eu,
Estrela.
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." - Platão
terça-feira, 18 de abril de 2017
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