Tenho andado
Por entre os conflitos
Da minha solene vida
Cada novo sentimento
Me causa medo
Me gera aflições
Mas o que seria da vida
Se não houvessem peripécias
Altos e baixos
Bons e maus reconhecimentos
Seria uma patética alusão
Ao que provém dos nossos caracteres
Pra que viver em uma tragédia
Se podemos ser heróis de uma bela epopéia?
Mas talvez os vícios da comédia sejam bem mais divertidos
Do que as belas virtudes
Tão contestadas em gêneros nobres
Pra que possuir a insensatez de Antígona
Se posso possuir sua virtude de coragem e amor fraterno?
Vejamos,pois, o sentido aristotético da vida
Em que imitar se torna fonte de conhecimento
Jamais diria que a unidade de ação da minha vida
Está se tornando uma simples dramatização de verossimilhança
Não desejo o parecido
Quero o real
A fábula da minha vida nao deve ser simples
Desse modo
Vou ser o herói do épico
O ridículo da comédia
E o drama da minha tragédia
Vou viajar por entre os pastos de uma simples écloga
E criar em mim a mimeses da vida.
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." - Platão
domingo, 13 de abril de 2014
Sentido Aristotético da vida
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