Enquanto o vento bate em minha janela
Os arrependimentos vão batendo em minha alma
Como um vendaval inexplicável
Que causa sérios danos quando se vai
A confiança me cegou
E consegui magoar aquele que de mim possuía total admiração
Por que o medo de estar parada no passado
Me instigou a tentar seguir em frente?
Se quem eu pensava ter seguido
Estava parado como eu?
Talvez minhas interpretações fossem corrosivas
E a raiva e o medo tomaram conta de mim
Mas se fui ignorante o suficiente
Para deixar que esses sentimentos me consumissem
Por que não fui tola o suficiente
Para simplesmente afogar minhas mágoas?
Agora minhas aflições me perseguem
E a insônia é minha companheira
Assim
Me sinto errada
Por mais certa que esteja
Me sinto obrigada
A seguir antes que meu verdadeiro eu apareça....
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." - Platão
quinta-feira, 24 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Não possuo o dom
Necessário para a realização do meus sonhos
Não tenho em mente o futuro certo
Mas cada vez que olho em frente
Sinto o medo humano
O medo que me obriga a olhar para trás
E sentir falta dos momentos bons
Mas além disso
Me traz arrependimento
E a nostalgia do passado me cerca
A cada vez que tento ir adiante
Meus pés insistem em permanecer parados
E ao meu redor estão aquelas almas
Que me impedem de ser realmente feliz
Seria eu privada da eudaimonia eterna?
Ou simplesmente esquecida
Por aqueles que me prometeram as estrelas?
Seria o ódio meu único sentimento?
Quanto mais procuro
Mais me vejo cercada de perguntas
Que me sufocam
Até que um dia eu não seja mais capaz
De me levantar e seguir
Com esse peso que levo nas costas
E com a culpa que cerca minha alma...
terça-feira, 15 de julho de 2014
Que o desespero seja ignorado...
Somos poetas perdidos da nossa época
Vivemos amargurados nas nossas sombras
E o que levamos conosco?
Seriam as lembranças felizes
Ou as saudades que elas trazem
Achei que fosse capaz de viver sem amar
Mas qual o sentido da vida senão a constante realização dos nossos desejos?
Seria o amor um simples desejo imediato?
Mas se isso fosse
Por que sinto sua falta?
Sinto falta das nossas conversas envergonhadas
Sinto falta das suas palavras
E do modo de como sempre ria enquando te olhava
Sinto falta de simplesmente estar perto de você
Poderia voltar
E tentar consertar meus erros
Mas as tentativas de esquecimento foram inúmeras
Até perceber que quanto mais tentava
Mais me perdia enquanto observava suas ações de longe
As vozes me disseram
Que você não se encontra mais sozinho
Fico feliz por algum instante
Mas o arrependimento logo bate
Por que não poderia ser eu a te deixar feliz?
Egoísmos meus a parte
Por tudo que existe de mais sagrado nesse mundo
Volta comigo....
O que fiz com meus sonhos?
O que faço com os caminhos que sigo?
Se até a proeza de amar de mim foi tomada
E cada passo que dou
Me encontro mais perdida
Nesse poço de solidão
Mas minhas asas foram cortadas
Não posso mais voar
Ser prisioneira dessa vida de fachada
Não posso ser perfeita
Mas o que seria a perfeição?
Seria um simples aceitar tudo o que é imposto?
Ou simplesmente existir
Sob uma muralha de qualidades
Que outros desejam que você possua?
Mas se desacreditar do mundo te torna infeliz
Por que não perguntam o que sentimos?
Por que simplesmente não nos deixam viver do nosso modo?
A escuridão cerca minhas escolhas
Não, não podemos ser livres
Apenas aceitamos o que o mundo nos manda
E o certo?
Onde está?
Seria os nossos desejos?
Ainda nos é permitido desejar?
E a escuridão que clareia
É nossa máscara
Assim nos protegemos
Dos perigos existentes em ser você mesmo
A raiva, o ódio, o doce som do barulho
Onde estamos agora?
Seria eu capaz de pertencer um sentimento tão sublime?
Talvez não tenha nascido para amar
Talvez minha vocação seja mesmo odiar...
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Solene e calma
Sua voz continua em minha mente
Os passos de um sonho
Vão se dissolvendo
Em meio ao sol
Minhas memorias de outono
Se vão fácil como o vento
Mas retornam com a brisa de verão
E assim sua sombra me persegue
Me assombra
Me esconde o que realmente é
Com o que eu quero que seja
E sua indecisão me torna fraco
Confusa minha mente fica
A cada grito silencioso do meu coração
Que vai aos poucos rachando
E se desfazendo em pequenos pedaços
Os quais você pisa
Como se as memórias não significassem nada
Como se aqueles momentos fossem irreais
E como toda brisa
Essa foi passageira
Porém o estrago ficou
E vou me arrastando para recolher os destroços
Que você causou sem o menor receio
Sem a menor preocupação
Com as marcas e cicatrizes que isso poderia me causar