terça-feira, 15 de julho de 2014

O que fiz com meus sonhos?
O que faço com os caminhos que sigo?
Se até a proeza de amar de mim foi tomada
E cada passo que dou
Me encontro mais perdida
Nesse poço de solidão
Mas minhas asas foram cortadas
Não posso mais voar
Ser prisioneira dessa vida de fachada
Não posso ser perfeita
Mas o que seria a perfeição?
Seria um simples aceitar tudo o que é imposto?
Ou simplesmente existir
Sob uma muralha de qualidades
Que outros desejam que você possua?
Mas se desacreditar do mundo te torna infeliz
Por que não perguntam o que sentimos?
Por que simplesmente não nos deixam viver do nosso modo?
A escuridão cerca minhas escolhas
Não, não podemos ser livres
Apenas aceitamos o que o mundo nos manda
E o certo?
Onde está?
Seria os nossos desejos?
Ainda nos é permitido desejar?
E a escuridão que clareia
É nossa máscara
Assim nos protegemos
Dos perigos existentes em ser você mesmo
A raiva, o ódio, o doce som do barulho
Onde estamos agora?
Seria eu capaz de pertencer um sentimento tão sublime?
Talvez não tenha nascido para amar
Talvez minha vocação seja mesmo odiar...

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