Lembra quando ainda eramos jovens?
Tínhamos tanto medo do futuro
Lembra das madrugadas acordados?
Pensando o que aconteceria com a nossa vida
Fazendo planos de que fosse pra sempre
Lembra do nosso primeiro beijo?
Tímido como uma criança
Lembra que não poderíamos ficar juntos
E ainda não podemos
E não conseguimos suportar
Será que realmente valeu a pena?
Com certeza cada segundo ao seu lado valeu
Se lembra quando terminamos?
Não, eu não te merecia e nunca fui digna de você
Lembra como aquilo doeu?
Aquelas longas noites de lágrimas
Acompanhadas da doce sinfonia das chuvas de verão?
Se lembra quando te vi novamente com um anel no dedo?
Aah, aquilo doeu
Como uma punhalada nas costas
Eu não podia estar ao seu lado
E você conseguira alguem melhor
Alguem que entendia seus sonhos
Que acreditava como você
Que não precisava desabafar os próprios problemas sobre quem ela amava
Em partes fico feliz por saber que você encontrou seu caminho
Agora deve estar caminhando sob o luar
Com aquela moça que realmente sabe te amar
E quanto a mim?
Eu não consegui anel
Nem desabafo
Nem felicidade
De tudo só me restou a saudade
E a culpa honrosa
De te ver feliz
Enquanto aproveito o amargo ardor da lagrima
Eu, um bom livro e um violão...
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz." - Platão
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Pássaros
Aquelas criaturinhas felizes
Elas me enjoam
Aquele doce cantar ao amanhecer
Me dá náuseas
Mas por quê?
Talvez o vôo
A vontade de ser livre
O desejo do céu nunca conquistado
Sim, tenho inveja dos pássaros
Não são apenas felizes
São a projeção perfeita
De tudo o que desejara para mim,
Para nós
Será que irei alcançar?
Tenho o orgulho e a decência de dizer que não
Não irei alcançar os pássaros
Nunca cantarei como eles
Não posso voar
Nunca serei livre
E é por isso que nunca me esqueço dos pássaros
É por isso que o meu incômodo se transforma em submissão
Aquelas vasilhas imundas
Espalhadas pelo meu quintal
Repletas com banquetes para quem aprecia
Continuam simplesmente no meu quintal
Esperando serem degustadas pelo meu maio inimigo
Ou diria amigo?
Porque sei que nos pássaros posso confiar
Porque eles não revelam os segredos
Se eu os obrigar a cantar...
domingo, 21 de dezembro de 2014
Obrigada mundo
Obrigada pela fina dor que sinto sobre meus músculos
Obrigada por todo peso em mim sobreposto
Obrigada por aquelas doces palavras que hoje partem com o respingar da chuva
Obrigada pela desconstância do meu ciclo
Obrigada por de tão morta me fazer viva
Obrigada pelas dores agora sentidas
E por aquelas que ainda virão
Obrigada pelos sonhos de mim arrancados
Enquanto observava o sereno e límpido azul do luar
Obrigada pelas manhãs devastadoras
Que corromperam cada gota de amor em mim contidas
Obrigada pela carga de ódio em mim despejada
Obrigada pelas tardes entediantes de domingo
Que só me traziam a mágoa
Obrigada por todos os medos a mim oferecidos
Obrigada pelos planos desfeitos, resultados não obtidos e amores amargurados
Obrigada por transformar a perfeição em agora minha solidão
Obrigada por toda Boaventura aos meus contrários oferecida
Obrigada por todo o sangue que aos poucos foi derramado
Obrigada pela culpa que corrói não só a mim quanto aos que eu amo
Obrigada por essa falsa liberdade que se esconde nas jaulas em que fui presa
Obrigada por todas as correntes que me cercam
Me impedindo de voar
Obrigada pela queda
Naquela linda noite de luar
Obrigada por toda a imperfeição dos meus sentidos
Obrigada pelo coração partido
Que novamente chora sem poder respirar
Obrigada pelas desculpas mal cabidas
E pelo suor que por nada foi derramado
Obrigada pelas ilusões inúteis
E pela insignificância do meu ser
Que aos poucos rasteja pelas gotas do que restou do que de bom você tem a oferecer
Obrigada pelos olhos tristes a mim direcionados
E pela falta de resolução nos problemas mal acabados
Obrigada pela destruição do meu mundo
Obrigada por me fazer não significar nada a quem pra mim significa tudo.
sábado, 20 de dezembro de 2014
Como cair
Assim me revelo
Talvez o sereno do luar
Me mostre como caminhar
Os espinhos desse caminho
Me mostram a realidade
Mas eu ainda quero te sentir
Meu olhar ao cruzar com o seu
Me mostra quem eu sou
E assim vou me descobrindo
Me proibindo de sentir
De sentir a essência
A essência que me prende
Que me prende a você
A Você que sempre está
Está de alguma forma comigo
Mas minha mente está presa
Meu pensamentos estão presos
Eu estou presa
Estou presa a você
Mas não quero liberdade
Se é estando presa que posso ser quem eu sou
Prefiro estar presa a quem me faz feliz
Parece irreal
Mas em você encontro a realidade
Mas a verdadeira realidade me assombra
Quero te tocar
Antes que seja tarde demais
Minha pele suplica pela sua
Mas te manter ao meu lado
Tem um caro preço
Que estou disposta a pagar
Porque sei que este preço também é a você cobrado
Mas um dia seremos livres
Livres não de nos mesmos
Mas das grades que nos prendem separados
Nossas mãos não podem se tocar se você não está aqui
E aqui eu sei que gostaria de estar
Você deve escolher
Das lágrimas sei que não serei poupada
Mas elas irão me lembrar
Me lembrar de todo desejo
Me lembrar do seu coração batendo sobre meus ouvidos
Me lembrar de como isso me fez sentir viva novamente
Mas a noite fria vai passar
Eu sei
Eu acredito
Eu estou ao seu lado
E enquando você estiver ao meu
As noites de verão serão mais intensas
Até você me mostrar o infinito
E juntos irmos à um lugar só nosso
Um lugar em que ninguém poderá nos dizer o que fazer
Porque você estará comigo
Porque eu estarei com você
E aos poucos nos conhecemos
As minhas memorias aqui para sempre estarão
A te esperar no escuro
Por mais difícil que seja
Meu choro não é de desespero
Mas também não é de alegria
Não preciso forçar para me manter chorando
Ao contrario
Desejo que as lagrimas cessem
Mas elas apenas aumentam
Porque tenho medo
Medo do futuro
Medo de te perder
Medo simplesmente de você
E do que você faz comigo
Como você me faz sentir apenas eu
O que para mim significa tudo
Mas desejo que alguns momentos sejam eternos
Como este em que te escrevo com lagrimas
Como quando nossos dedos se cruzam
Como quando me sinto viva ao te beijar
Como quando você simplesmente é você
E me faz te desejar cada vez mais
O medo está vindo das montanhas
E esse medo
Não é como aquele que tinha do escuro
É maior
É forte
É devastador
Não posso te prender no meu mundo
Não posso te submeter aos meus sonhos
Não posso implorar que fique
Mas também não posso acreditar no que não acredito
Não posso ver o que você vê
Nem muito menos sentir o que você sente
Queria eu que fosse diferente
Mas não é e nem pode ser
Sempre desejo o mais difícil
E me vejo me afogando em lagrimas outra vez
Quando encontro o certo
Esse foge do meu alcance
E voa para onde não posso alcançar
Eu não posso voar
Mas talvez possa dançar
Dançar no ritmo da nossa música
Mas não posso dançar sozinha
Não dessa vez
Mas porque tudo o que vivo tem que ser tão intenso?
Talvez intensidade não seja diretamente proporcional à duração
Mas a saudade me invade
E a duvida me atinge
Eu não posso te manter preso
E você não pode me obrigar a ficar
Talvez juntos agora não podemos voar
Quem sabe um dia
O infinito nos una
Talvez a paixão possa renascer
Quem sabe em outras circunstâncias
Quem sabe em outras constâncias
Quem sabe em outras danças
Eu te encontre à luz do luar
Eu não quero te ver longe
Mas mesmo assim
Te quero pra mim
Mas estando ao meu lado eu posso te machucar
Mil desculpas não lhe posso dizer
Mas triste novamente não quero te ver
Desabaria só por te ver desabar
Amor nos seus sonhos gostaria de estar
Mas sei que a culpa já se tornou maior do que deveria
E sozinho você não pode suportar
Talvez poderíamos ir mais devagar
Não gosto de ver seu rosto dividido
Entre amar ou acreditar
Sei que entre os dois não seria a escolhida
Do mesmo modo que assim não posso te escolher
Nem te obrigar
Tristemente um ao outro não podemos ter
Mas te desejo em cada amanhecer
E triste choro ao ouvir o feliz canto do pássaros
Porque os invejo por a mesma sorte não possuir
Mas continuo sem desistir
Talvez um tempo para pensar resolva com tudo
Em meus sonhos ainda poderei te encontrar
E nas ilusões da vida
Talvez te beijar...
Ficar ou partir
Sonhar ou desistir
Essas escolhas...
Não paramos de escolher
Não importa o que aconteça
São as nossas escolhas que nos fazem
Mas seriam elas o que realmente queremos?
Ou seriam simplesmente uma projeção do que queremos que os outros pensem que somos?
Quem seria eu?
Será que eu sei
Talvez já tenha me perdido
Ah tempo
Dizem que você tem o poder de cura
Mas poderia curar um coração partido e culpado?
Devo confiar no tempo?
E se minha escolha estiver em outra dimensão?
E se o tempo não poder me curar?
Seria eu livre do sofrimento
Ou prisioneira do seu olhar?
Posso querer mais do que devo
Posso sonhar mais do que quero
Posso pensar mais do que sonho
Mas não posso viver mais do que eu vivo
Será que realmente vivo?
Será que já não estou morta?
Mas porque não parto?
Deveria fugir e desistir de tudo o que me faz mal
Ou deveria ficar e continuar me submetendo?
Talvez o peso da escolha seja demais
Não estou pronta
Não estou tonta
Não restou tanto
Não restou rota
Só restou arrependimento...
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
As estrelas são o inalcançável
Ao admirá-las me perco entre as constelações
São curvas infinitas
Com pontos infinitos
Mas o que seria do céu se não fosse o espetáculo da infinidade das estrelas?
A madrugada vai caindo
E entre as estrelas vejo meu reflexo invertido
Começo a pensar
Seriam as estrelas representantes da historia humana?
Talvez elas comandam meus sentimentos
Então são elas as culpadas da minha culpa por me sentir a causa da culpa de quem eu amo por culpar-se pela culpa
Ou talvez sejam meras espectadoras
Simplesmente nos acompanhem pela escuridão do céu
Mas algumas vezes
O cinza me venda
E impede o vôo do meu pensamento
Vôo por entre as histórias
Os contos
O futuro
Futuro?
Será que tenho algum?
Mesmo se possuir
Por que quanto mais envelheço mais longe estou de alcançá-lo?
O universo é magnífico
Me traz todo o significado
Mas significado do que?
Talvez baste observar o espetáculo oferecido
Já que nem sempre
Estamos aptos a sermos protagonistas...
O sol rasga o céu
Em uma batalha tribal
E eu admiro a maravilha exposta nessa luta
O azul do céu
O amarelo do sol
Como em sinfonia dançam e se misturam
Do mesmo modo que em mim
Os sentimentos balançam
Duvida, ódio, amor, carinho
Difícil entender o certo
Se é possível ser triste e estar feliz
Assim agora estou
Admirando esse espetaculo que o céu me proporciona
O balanço de nuvens coloridas
Me identifico nelas
Representam a mistura de tudo
Como eu represento o mesmo
Chorar de alegria
Ou rir de raiva
Gargalhar de tristeza
E me lamentar de felicidade
Difícil definir a palavra
Talvez esteja simplesmente nada
Mas nada é a ausência de tudo
E também me sinto com tudo
E o que é o tudo?
A ausência do nada
Mas o nada ainda está em mim
Talvez esteja simplesmente me sentindo bem
Talvez esteja simplesmente me enganando
Entre sentir nada e sentir tudo
Tento me sentir seguro
Mas tudo o que tenho
Seria a definição do nada
E se não tenho nada a perder
Vou admirar o céu
Até que um dia alguem possa vir me acolher...
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Eles se conheceram
Não sabiam nada um do outro
Mas queriam saber
Não se imaginavam juntos
E nunca pensaram no futuro
Eles eram amigos
Sabiam quase tudo um do outro
Mas queriam saber mais
Se imaginavam amigos durante um longo tempo
E começavam a pensar no futuro
Eles eram quase um pouco mais de amigos
Sabiam tudo um do outro
Mas queriam se conhecer de outra forma
Juntos começaram a se imaginar
E o futuro começava a chegar
Eles eram quase namorados
Sabiam mais do que deveriam um do outro
Mas não podiam namorar
Juntos queriam muito ficar
E o futuro começava a amedrontar
Eles ainda eram namorados
Escondiam seu amor de suas famílias
Mas não suportavam ter de mentir
Desejavam mas do que tudo ficar juntos
E o futuro na porta já batia
Eles eram namorados
Quando seus pais descobriram
Mas nem por isso queriam se separar
Afrontaram o mundo para juntos ficar
E o futuro agora estava por chegar
Eles eram namorados
Quando seus pais não aceitaram
Mas não foram como Romeu e Julieta
Fugiram para onde não havia ninguém que os conhecia
E o futuro os acompanhava
Eles eram mais que namorados
Amavam seus pais
Mas se amavam
E se amavam muito
E no futuro seriam apenas eles
Eles eram noivos
Suas famílias para o casamento chamaram
Mas nenhuma por orgulho viera
Então se casaram em Vegas
E do futuro amigos agora eram
Eles estavam casados
E suas familias do filho foram informadas
Mas Agora também eram uma família
Então seus pais o casamento aceitaram
E o futuro por fim feliz parecia
Eles não eram mais eles
Sua nova familia nem chegou a nascer
Mas assim deveria ser
No parto ela morreu
E o futuro duro se apareceu
Ele não era mais ele
Sua vida foi duramente arrancada
Mas uma chance ainda lhe restava
A morte e a proximidade
E o futuro o envenenara..
Mas agora com sua sonhada familia finalmente estava....
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Ela era atéia
Ele era cristão
Ele escutava Vivaldi
Ela Legião
Ele era feliz
Ela ninguém tinha agradado
Ele era a mudança
Ela o passado
Ela escrevia
Ele sorria
Ela sonhava
Ele violino tocava
Ela era o fim
Ele o começo
Ela era o nada
Ele era o tudo
Ela estudava como um cão
Ele assistia séries no computador sob seu balcão
Ela queria morrer com os livros
Ele desejava viver com os vivos
Ela queria tentar não ama-lo
Ele queria tentar não ama-lá
Eles não queriam que acontecesse
Mas desejavam que juntos pra sempre permanecessem.
Vejo a mentira do mundo
Ao olhar para os rostos falsos ao meu redor
O belo goza da sua beleza para os outros machucar
Mas seria mesmo esse a finalidade que nos mantém vivos?
Sugar a felicidade cega?
Olhando para aquela praça
Em que juntos passávamos horas
A grama de verde coberta
Agora pisamos em areia movediça
Você sugou meus sorrisos
Enquanto observava o agora amargo canto afinado dos pássaros
Imagina se fosse a única
Aquela praça não era só minha e sua
Ela era penas sua
Um cativeiro para suas vítimas
Que agora se afogam em mágoas
Mas eu não
Não dependia de você
E se dependia tudo morreu
Não preciso me prender às lindas palavras ditas ao vento
Não preciso me prender a falsas doces lembranças
Porque já não faria sentido
Porém se as lágrimas,derramadas não fossem
Presa ainda estaria a observar a alucinação do verde escondendo o poço
Poço esse que não caí
E se não fossem as lágrimas
O amor sincero ainda pra mim estaria escondido
E acredite que não foi a você dedicado
Nos braços de quem me quer
Sozinha já não posso ficar
Enquanto você brinca com meras marionetes
Aos poucos vou aprendendo novamente a amar...
sábado, 1 de novembro de 2014
Ela era atéia
Ele era cristão
Ele escutava Vivaldi
Ela Legião
Ele era feliz
Ela ninguém tinha agradado
Ele era a mudança
Ela o passado
Ela escrevia
Ele sorria
Ela sonhava
Ele violino tocava
Ela era o fim
Ele o começo
Ela era o nada
Ele era o tudo
Ela estudava como um cão
Ele assistia séries no computador sob seu balcão
Ela queria morrer com os livros
Ele desejava viver com os vivos
Ela queria tentar não ama-lo
Ele queria tentar não ama-lá
Eles não queriam que acontecesse
Mas desejavam que juntos pra sempre permanecessem.
sábado, 11 de outubro de 2014
Realizações impossíveis
Nem tudo acontece como em nossos sonhos
E nem sempre o amor é suficiente
Mas desejo mais que isso
Desejo estar ao seu lado
E que não seja passageiro como ad chuvas de novembro
Que seja duradouro como a neve do Alasca
Desejo te ter comigo
E juro que por isso farei tudo ao meu alcance
O possível e o impossível
Por você vou até o fim...
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
O que me contas tu?
Solene esperança
Onde estás?
A me procurar?
Porque necessito da sua ajuda
Talvez em mim a criança
Que tento minimamente esconder
Seja só um artifício
Que não devesse entender
Mas quando se perde a confiança
Não se sabe como agir
Talvez o mundo não gire em torno de ti
E as paixões vão sendo dissolvidas
Em meio o sangue fervente
E os corações tristes
Dançam em volta da fogueira
Mas seu sonho ainda deveria existir
Ou simplesmente morrer ao seu lado
Mas sem a esperança não se sonha
Mas sem sonho não se tem esperança
Talvez seja por isso que eu esteja aqui
Agora, em uma rua fria e escura
Sozinha
Conversando com o nada
Sendo amiga da mentira
Mas desistir do mundo não é apenas morrer
E morrer não é não existir
Estou morta
Mas ninguém sabe
E meu corpo funcionando
Me faz da morte esquecer
Esquecer que viva já não estou
E que por estar morta deveria morrer...
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Muitas pessoas dizem saber o que é o amor
Mas esse sentimento devasta
Te destrói
Você não pode ser se não sente
Não pode sentir se não é
Mas talvez de tanto procurar
Nos cansemos dele
E simplesmente desistimos de senti-lo
Mas o amor não é sentimento sublime
Como nos filmes
É sentimento doloroso
Que destrói o indestrutível
Que corrói a pedra mais forte
Que te faz sentir o não sensível
E você flutua sabendo que irá cair
Mas sabe que prefere sentir os singelos segundos de vôo
Mesmo sabendo que a queda não será rápida ou passageira
Do que evitar o inevitável
Se amar é tão doce
Por que é mortal?
E se amar é sofrer
Por que gostamos desse sofrimento?
Quando não amamos
Não nos sentimos completos
Mas quando amamos
Nos sentimos menos ainda
Porém a solidão fica mais agradável
E a queda se torna quente
Como o fogo
Queimando todas nossas esperanças
Mas mesmo sendo doloroso
O fogo é belo e fascinante
Quem sabe queimar não seja tão ruim
Queimar de amor é pior
sábado, 23 de agosto de 2014
Ela sonhava com o amanhã,
Fazia planos, imaginava
De toda sorte
Possuía todas menos uma
Aquela que pra ela mais importava
Mas mesmo assim vivia
Sempre com o pé no chão
E a cabeça como um avião
Em um vôo sem direção
Mas se a cada subida sua sorte crescia
A cada descia se afastava do seu desejo
E aos poucos foi sonhando
Sonhando com o amanhã,
Fazendo planos, imaginando
De toda sua curta historia
O vento levou a todas menos uma
Aquela que mais desejava esquecer
Porém a história não era só dela
Ele não sonhava com o amanhã,
Ele não fazia planos, nem imaginava
De todas as sortes possuía apenas uma
Aquela que ela tanto sonhava
Mas dessa sorte proveito não tirou
Pelo seu uso improprio
Que a fez sonhar,
Fazer planos, imaginar
E depois cair
Cair como quem cai de paraquedas do avião
Porém sem a proteção de uma queda certa e segura
Ela caiu como quem cai de um avião em pleno vôo
E todo o seu choro
Para ele dedicou
"Olhe agora lindo homem
O que você fez com meu coração,
De muitos quis você
E de muitas a todas desejou"
Se isso não lhe bastasse
O fim da vida preferia
Amargurada e desprovida
Ela não mais sonhava com o amanhã,
Não mais fazia planos, nem imaginava
De toda sorte já não possuía nenhuma
E também já não vivia
Os pés estavam ainda mais no chão
E a cabeça não mais no avião
Estava agora em outra solução
Se já não estava viva de tanto não viver
Ainda não estava morta porque faltava-lhe morrer
E a morte a ela, ele causou
Sem o menor arrependimento ou rancor
Porque pra ele haviam muitas
E pra ela os muitos eram apenas muitos
Que não lhe causavam o que ele causou
Porque ele foi tudo pra ela
E ela de nada pra ele...
Porque ele tinha muitas
E ela apenas ele...
Agora nem mais isso detinha a posse
Talvez de sua curta vida o que levou
Foi a bela morte que ele a causou...
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Passos ao escuro
Procurando o nada me vejo
Por que insisto no vazio?
Por que prefiro me enganar a ver a realidade??
As pessoas são frias
E necessitam do acumulo de lagrimas dos outros
Para serem felizes
E utilizam da fragilidade alheia para isso
Se desculpando pelo simples fato de possuir humanidade
Ser humano seria mesmo viver da decepção terrena?
Teria mesmo essa definição vazia ?
Magoar seria gratificante o suficiente
Para simplesmente ignorarmos
A probabilidade de que amanhã poderemos ser os magoados?
Se ser o agente da mágoa é tão compensador
Por que não tenho a habilidade de magoar
E não me sentir magoada?
Será que o mundo é dividido não em homens e mulheres
Mas sim em agente e magoado?
Porque se assim for,
Prefiro me proteger
Porque sei
Que agente não vou ser...
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Enquanto o vento bate em minha janela
Os arrependimentos vão batendo em minha alma
Como um vendaval inexplicável
Que causa sérios danos quando se vai
A confiança me cegou
E consegui magoar aquele que de mim possuía total admiração
Por que o medo de estar parada no passado
Me instigou a tentar seguir em frente?
Se quem eu pensava ter seguido
Estava parado como eu?
Talvez minhas interpretações fossem corrosivas
E a raiva e o medo tomaram conta de mim
Mas se fui ignorante o suficiente
Para deixar que esses sentimentos me consumissem
Por que não fui tola o suficiente
Para simplesmente afogar minhas mágoas?
Agora minhas aflições me perseguem
E a insônia é minha companheira
Assim
Me sinto errada
Por mais certa que esteja
Me sinto obrigada
A seguir antes que meu verdadeiro eu apareça....
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Não possuo o dom
Necessário para a realização do meus sonhos
Não tenho em mente o futuro certo
Mas cada vez que olho em frente
Sinto o medo humano
O medo que me obriga a olhar para trás
E sentir falta dos momentos bons
Mas além disso
Me traz arrependimento
E a nostalgia do passado me cerca
A cada vez que tento ir adiante
Meus pés insistem em permanecer parados
E ao meu redor estão aquelas almas
Que me impedem de ser realmente feliz
Seria eu privada da eudaimonia eterna?
Ou simplesmente esquecida
Por aqueles que me prometeram as estrelas?
Seria o ódio meu único sentimento?
Quanto mais procuro
Mais me vejo cercada de perguntas
Que me sufocam
Até que um dia eu não seja mais capaz
De me levantar e seguir
Com esse peso que levo nas costas
E com a culpa que cerca minha alma...
terça-feira, 15 de julho de 2014
Que o desespero seja ignorado...
Somos poetas perdidos da nossa época
Vivemos amargurados nas nossas sombras
E o que levamos conosco?
Seriam as lembranças felizes
Ou as saudades que elas trazem
Achei que fosse capaz de viver sem amar
Mas qual o sentido da vida senão a constante realização dos nossos desejos?
Seria o amor um simples desejo imediato?
Mas se isso fosse
Por que sinto sua falta?
Sinto falta das nossas conversas envergonhadas
Sinto falta das suas palavras
E do modo de como sempre ria enquando te olhava
Sinto falta de simplesmente estar perto de você
Poderia voltar
E tentar consertar meus erros
Mas as tentativas de esquecimento foram inúmeras
Até perceber que quanto mais tentava
Mais me perdia enquanto observava suas ações de longe
As vozes me disseram
Que você não se encontra mais sozinho
Fico feliz por algum instante
Mas o arrependimento logo bate
Por que não poderia ser eu a te deixar feliz?
Egoísmos meus a parte
Por tudo que existe de mais sagrado nesse mundo
Volta comigo....
O que fiz com meus sonhos?
O que faço com os caminhos que sigo?
Se até a proeza de amar de mim foi tomada
E cada passo que dou
Me encontro mais perdida
Nesse poço de solidão
Mas minhas asas foram cortadas
Não posso mais voar
Ser prisioneira dessa vida de fachada
Não posso ser perfeita
Mas o que seria a perfeição?
Seria um simples aceitar tudo o que é imposto?
Ou simplesmente existir
Sob uma muralha de qualidades
Que outros desejam que você possua?
Mas se desacreditar do mundo te torna infeliz
Por que não perguntam o que sentimos?
Por que simplesmente não nos deixam viver do nosso modo?
A escuridão cerca minhas escolhas
Não, não podemos ser livres
Apenas aceitamos o que o mundo nos manda
E o certo?
Onde está?
Seria os nossos desejos?
Ainda nos é permitido desejar?
E a escuridão que clareia
É nossa máscara
Assim nos protegemos
Dos perigos existentes em ser você mesmo
A raiva, o ódio, o doce som do barulho
Onde estamos agora?
Seria eu capaz de pertencer um sentimento tão sublime?
Talvez não tenha nascido para amar
Talvez minha vocação seja mesmo odiar...
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Solene e calma
Sua voz continua em minha mente
Os passos de um sonho
Vão se dissolvendo
Em meio ao sol
Minhas memorias de outono
Se vão fácil como o vento
Mas retornam com a brisa de verão
E assim sua sombra me persegue
Me assombra
Me esconde o que realmente é
Com o que eu quero que seja
E sua indecisão me torna fraco
Confusa minha mente fica
A cada grito silencioso do meu coração
Que vai aos poucos rachando
E se desfazendo em pequenos pedaços
Os quais você pisa
Como se as memórias não significassem nada
Como se aqueles momentos fossem irreais
E como toda brisa
Essa foi passageira
Porém o estrago ficou
E vou me arrastando para recolher os destroços
Que você causou sem o menor receio
Sem a menor preocupação
Com as marcas e cicatrizes que isso poderia me causar
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Confusão me oprime
Não escuto meus pensamentos
O calor do medo me transgride
As pessoas são momentâneas
Porém não compreendem meus sinais
O vento passa e leva consigo minhas certezas
Só restaram as dúvidas
E os sonhos desmoronaram
Gostaria de ter de volta o tempo perdido
E lembrar antes do tempo que passou
E que as mudanças são reais
Fui antes do meu tempo
Fiquei presa no meu suposto ser
Este no qual oprimia todo meu modo de ver
E assim o tempo passava e eu ficava
Veloz e calmo
As sobras da minha escuridão me fazem compreender
Que o mundo não gira ao nosso redor
E cada nova referência
Me mostra o tempo que não posso perder novamente...
Lentamente
Lento, gradual, espontâneo
Mistura de real com pessoal
Porém agora,
O sentimento me consome
Não sou razão
Sou emoção
Suas palavras são cálices
Nos quais tenho uma escolha a fazer
Que me. perturba por saber
Que a resposta vai doer
A dor é relativa
E se me sinto bem com ela
Por que evitar?
Esse sintoma você deve aprender a lidar
Para que coisas boas surjam
E tomem o lugar das ruins
A vida é feita de momentos
E por menores que sejam
Prefiro vive-los e suportar a dor
Do que ignorar
E perder a parte boa que se tem em chorar...
terça-feira, 17 de junho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Promessas desfeitas
Mundos isolados
Lamentos e descontentos
Não poderás me comparar a ninguém
Senão a mim mesma
Os conflitos e sonhos são imperceptíveis
Mas não sou como o outro
Não me contento com o fútil
Não gosto do exorbitante
Só existe o meio
Começo e fim são simples consequências
O meu mundo é singelo
Porém minha alma quer refletir a perfeição
Mas são os defeitos que a definem
Pouco me importaria
1 ou 1.000.000
O importante é o que fica de imaginário
Porque o real é o real
E isso não podemos mudar.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
O tempo
O vento
O sonho
A esperança
E o consolo
Os medos
Os receios
Minha mente
E minha solidão
é estranha minha percepção
Ela me assombra
Meus achismos são bombas
Que quando percebidos
Nos dão sombras
Que me fazem explosiva
Vivi na escuridão dos meus passos
E ainda procuro a essência
Esta que perdi
Enquanto os mares eram calmos
E minha tristeza se resume hoje
Na simples não realização dos meus sonhos
Que foram se acumulando
Até que um dia partiram
Só sobraram as sobras
Sombras, sonhos e sequências
Nessa profundeza alienada
Meu ser vai ficando menor
Em relação a pressão do mundo
Meus amores não são nem nunca serão
O primeiro estágio da minha perdição....
terça-feira, 3 de junho de 2014
Lindas memórias
Envolvem o meu ser
O meu mundo
Não funciona mais como deveria
As minhas escolhas nåo são mais minhas
Ruinas foram o que restaram
Do meu ser enquanto neu mundo ainda era azul
O sonho pode estar perdido
Longas foram as noites sem sono
Enquanto pensava no que poderia ter sido
O sentimento de falta foi inevitável
Nada poderia voltar a ser o que foi
A tentativa porém, ainda não foi perdida
Rios de chances ainda temos
Do que adianta a mágoa se
O que foi não voltará a ser
Ainda escrevo poemas para você
Meus sonhos infelizmente continuam vivos
Ecoando em minha cabeça
Como um sino que toca em uma igreja
Completos estranhos ou simplesmente conhecidos?
Quanto mais me esforço para não pensar
Seu rosto vem a minha mente
Agora dói menos
Mas isso ainda é insuficiente
Para meu choro cessar
E a felicidade voltar a reinar
Os sonhos são queimados em meio a tochas de sangue
O meu sangue derramado
Que agora é amaldiçoado
Em meio as trevas da minha solidão
Nas esquinas ando agora
Sem esperanças sem pensamentos
E então me vejo
Como um simples instrumento
Instrumento esse que absorve a mágoa
E guarda pra si todo o rancor
Mas talvez a esperança não tenha se perdido
Apenas a coragem tenha sido desfeita
E é nessa triste filosofia
Que minha vida está resumida
Cabeça na Lua e pé no chão
É o mesmo que o cérebro trabalhar junto com o coração....
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Sofrer não vale a pena
Vai doer,
É claro que vai
Mas poderia ser pior,
Sempre pode
Mas esconder meus sentimentos
Só me consome mais
Será que mentir é a solução?
É incrível como não consigo dizer o que quero
Talvez não existam palavras pra explicar
Mas ao me aproximar
Simplesmente perco o chão
E nesses sentimentos Clichês
Vou perdendo aos poucos a razão
Talvez seja melhor omiti-los
Porque eu sei
Que para você sou só mais uma
Quem dera fosse diferente
E nada disso tivesse acontecido
Talvez ainda seríamos
Pelos menos bons amigos....
quinta-feira, 15 de maio de 2014
quarta-feira, 14 de maio de 2014
O Código
segunda-feira, 12 de maio de 2014
O que meu coração
Insiste em esquecer
E assim vou sonhando
Com o mundo que não
Podemos ter em mãos
E na melancolia
Dos meus passos vou ir
Procurar o que resta
Pode ser na Mongólia
Me dói admitir
O pranto à banir
Palavras expressar
O que sinto mudar
Pra que mentir agora
Que meu coração chora
A cada vez que
Me proíbo de sentir
sexta-feira, 9 de maio de 2014
As pessoas tem medo do obscuro
E mais medo ainda da luz ofuscante
Cada grito silencioso de nossas almas
É corrompido pelo ego medilcre
Que compõe nossa sociedade
Os sonhos cada vez se perdem mais
E se tornam sonhos materiais idiotas
Que destroem a erudição dos pensamentos
Os quais viram extintos
A cada passo que damos
Regridimos dois
E é assim que vivos
Voltando pra um passado traiçoeiro
Votando para o tão sonhado "mundo melhor"
quinta-feira, 8 de maio de 2014
É estranho aonde me encontro
Tudo parece desmoronar
Mas eu já sabia sobre toda essa incerteza
Agora não tenho o direito de chorar
As palavras poderiam ser tochas
Belas de se ver
Mas destrutivas
E vê-las queimar
Não me faz sentir melhor
quarta-feira, 7 de maio de 2014
sábado, 3 de maio de 2014
Suposições
Mas não chegamos nem nas estrelas
Talvez não seja a toa que amor
Rime com dor
As lágrimas deveriam ser ritmadas
Para tentar embelezar a tristeza
que impede pessoas de serem amadas
Formando um ritmo de pura frieza
Misturado com a beleza
De ser forte quando tudo te deixa fraco
E o amor se torna um simples status
Odeio o que tudo se tornou
Odeio quando as coisas que eram importantes para mim
São destruídas
Odeio tentar parecer estar bem
Quando meus olhos dizem que não estou
Odeio quando o tudo vira nada
E odeio quando conhecidos viram estranhos da noite para o dia
Porque me sinto tao errada
Fazendo o certo?
Talvez tudo o que me mate
Me torne forte
E as minhas diferenças
Me tornem perigosa
Talvez eu simplesmente não siga o meu tempo
E ficar pensando no que poderíamos ser
Apenas aumenta os meus anseios
Mas esquecer de tudo
Só me leva para outra frequência
Que você talvez não alcance
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Palavra forte não é mesmo?
Não, não sinto raiva
Me sinto decepcionada
É isso que recebemos
Quando fazemos planos
E esperamos coisas impossíveis
Deveria ter percebido os sinais
Mas estava tão cega
Que nem consegui ver o que estava na minha frente
E não existia alguém que me convencesse da verdade
Ou talvez
Você minta bem
Tão bem que parecia natural
Se eu tivesse percebido
Seus detalhes, suas imperfeições
Devemos duvidar do perfeito
E considerar nobre o erro
Porque é através dele
Que deciframos as pessoas
E suas atitudes
Mas quando estamos cegos
Tendemos a ignorar s defeitos
E tudo se mostra como virtude
Mas até a virtude do homem mais virtuoso
Pode se tornar seu maior defeito
Quando se mostra
Exorbitavelmente exagerada
E as noites se alteraram
Os segundos já não conto
Estou no meio dos escombros
Parece que tudo mudou
E nada ficou
Parece que tudo se foi
E hoje você não me dá nem mais um oi
Ontem éramos tudo
Hoje não somos nada
E nesse mundo contraditório
Vivo a se condenada
Condenada por injustos
Condenada por medos
Condenada por ilusões
Que são passadas entre corações.
(Autores: Luana H. e Thiago Dias)
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Fazer uma loucura
Esquecer dos problemas com um rosto sorridente
Se divertir enquanto se procura uma cura
Uma cura pra esse mal que me persegue
Isso de imaginar o inexistente
Para isso os amigos estarão ao seu lado
Independentemente do que se sente
Mas longas foram as noites de sofrimento
Completamente desnecessárias
Melhor esperar a decisão do tempo
Do que viver a vida amargurada
terça-feira, 22 de abril de 2014
Quando você menos espera
Elas te decepcionam
Mas você não entende não é mesmo?
Não sabe como foi doloroso para mim
Mas continuei com um sorriso
Não sou daquelas pessoas que se desmancham em lágrimas
Pelo menos não na sua frente
Cada caminho que sigo
É para me levar para algo melhor
E se não era pra ser
Não foi
Minha intenção não era te sufocar
Pelo contrário
Tinha tanto para te dizer
Porém seus lábios bloquearam meus pensamentos
E quando tudo estava no fim
Só me restou abaixar a cabeça
E concordar
Com o que meu coração insiste em discordar.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
Suas palavras
São decifraveis
Porém me deixam confusa
E tentar decifrar seu código
Só aumenta a minha angustia
A cada dia essa tempestade aumenta mais
A cada hora me sinto menos altruista
A cada minuto meus planos se desfazem
A cada segundo meu sono se vai
Mas a culpa é minha
E eu sei disso
A escolha me pertenceu
Mas cada lágrima não foi para mim
Foi para relembrar aqueles muitos sorrisos
Que estão escassos hoje
E daqueles pensamentos
Que só me geram incertezas...
Talvez eu tenha pensado errado
Quem manda acreditar em palavras
Não existem acasos
Nossas escolhas
São como sopros em dentes de leão
Cada folha se perde com o vento
Mas se cruza com caminhos de outros
E assim nos envolvemos
E na nossa vida
As pessoas entram
Fazem uma bagunça
E simplesmente vão embora
Talvez me apegar ao vazio
Seja uma escolha
Mas por que escolhi algo tão incerto?
Os fantasmas da noite me assombram
Solidão gera solidão
Meus sonhos estão se perdendo aos poucos
O que me resta agora?
Meus medo ficam
Cada vez maiores
E essa duvida do futuro
Me persegue
Por que não podemos
Simplesmente fugir
Esqueça o que os outros vão pensar
Minha vida
é feita de escolhas
E eu escolhi ser feliz...
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Dizem que são a janela da alma
Talvez isso tenha uma base de verdade
São os olhos que demonstram o sentimento
São eles que afirmam a veracidade das palavras
Um olhar talvez releve quem você é
Talvez demonstre seus pensamentos
Quem dera eu pudesse saber que você pensa
Tudo seria tão mais simples
Talvez eu não tivesse me envolvido tanto
Mas a vida é feita de tentativas
Acertos e erros
Não sabemos o futuro
Não podemos prever o que vai acontecer
Mas uma coisa é certa
Eu nunca tive tanta convicção em algo
Como estou tendo agora
Mas a cada minuto
Vejo que tudo está acontecendo
Como eu imaginava e temia.....
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Em minha santa insensatez
Subjugado quem eu sou
Mas de que isso adiantou?
A névoa que percorre as estradas
Parece que tampa minha visão
Não consigo enxergar
Mas ainda posso ver
Não recuamos para o nada
Não vemos o fim dessa história
Talvez um dia
Apenas os Corvos acabem com a minha solidão...
A confusão imunda nossas mentes
Cada ato deve ser calculado
Não quero cair nesse poço sem fim
Meus joelhos se mostram frágeis
Quando a bagagem que carrego
É pesada demais
Mas meu pensamento sucinto
É o bastante para me manter de pé
Ficar suspensa em um abismo
É o mesmo que desejar a morte
Porém teme-la
Cada segundo que se passa
Consigo ver que as dúvidas mudaram
Não de forma
Mas na intensidade de como acontecem...
Tentativas de eufemismo
Estranhos contentamentos
Ilógicos pessimismos
É assim que eu me encontro
Confusa, preocupada e atormentada
Como a vida é traiçoeira
Com quem sonha em uma virada
Passar do bom para o ruim
É o mesmo
Que passar do céu para o mar
Enquanto em um
Eu me afogo
No outro eu posso voar...
Vejo refletido
Nas mansas gotículas d'água
Os meu sentimentos
Por que eu me entrego para coisas incertas?
Talvez o excesso de perfeição
Seja também um defeito
O confuso gera mais confusões
E começo a perceber
Que os acontecimentos da minha vida
Se baseiam no clima
E é nesta fria chuva de verão
Que as reviravoltas me perseguem
E aquelas gotículas d'água
Viram agora
Lágrimas da minha história...
domingo, 13 de abril de 2014
Sentido Aristotético da vida
Tenho andado
Por entre os conflitos
Da minha solene vida
Cada novo sentimento
Me causa medo
Me gera aflições
Mas o que seria da vida
Se não houvessem peripécias
Altos e baixos
Bons e maus reconhecimentos
Seria uma patética alusão
Ao que provém dos nossos caracteres
Pra que viver em uma tragédia
Se podemos ser heróis de uma bela epopéia?
Mas talvez os vícios da comédia sejam bem mais divertidos
Do que as belas virtudes
Tão contestadas em gêneros nobres
Pra que possuir a insensatez de Antígona
Se posso possuir sua virtude de coragem e amor fraterno?
Vejamos,pois, o sentido aristotético da vida
Em que imitar se torna fonte de conhecimento
Jamais diria que a unidade de ação da minha vida
Está se tornando uma simples dramatização de verossimilhança
Não desejo o parecido
Quero o real
A fábula da minha vida nao deve ser simples
Desse modo
Vou ser o herói do épico
O ridículo da comédia
E o drama da minha tragédia
Vou viajar por entre os pastos de uma simples écloga
E criar em mim a mimeses da vida.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Promessas
Dessas que te fazem acreditar no impossível
Só porque são feitas na mais pura ignorância
São as piores
Cada ato acaba se tornando importante
Quando na verdade não passa de ilusão
Sim, a ilusão
Aquela que te cega os olhos e te faz ver por meio dos olhos de outra pessoa
Que pode ser sincera ou omitir o pior pra você
Temos que aprender com o pior
Ja que o nosso maior defeito é tambem nossa maior qualidade
Porém, voltando as promessas
São elas que te fazem crer
no que pode ou nao ser real
ou aquilo que pode vir a ser.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
A raiva vai te dominando
Aos poucos sua visão escurece
Até você não poder mais ver a luz
Talvez seja um problema
Mas ficamos cegos quando estamos felizes
Pelo menos na raiva podemos enxergar o obscuro
Que não bloqueia a nossa visão
Ao contrario da claridade
Que além de nos privar de ver
Não nos deixa ver o ruim nas pessoas
Talvez nem tudo sejam flores
Talvez sejam
A vida não passa de uma flor
É bela
Mas com o tempo se despedaça
E sobram apenas os espinhos....
Talvez seja porque existam varias formas de felicidade
Não sendo capazes de serem representadas em melodias curtas
Mas há também diferentes formas de tristeza
Parece que quando sofremos por algo ou alguém
Nossa dor se torna nossa própria cela solitária
Nos reprimimos em pensamentos reflexivos constantes
Já quando a felicidade é suprema,
Queremos que esta seja compartilhada
Para que não seja vista como egoismo
Mas por que a felicidade é considerada um ato egoísta e o sofrimento não?
De algum modo, compartilhar nosso sofrimento poderia nos aliviar dele
Porém a felicidade pode ser parcial,
O sofrimento não
Ou ele é absoluto ou se torna inexistente
Ou ele nos corrói até a ultima lágrima ou nos acostumamos a viver com ele...
sábado, 5 de abril de 2014
Porque a claridade dos seus
Permanece sobre os meus
A cada nova atitude eu me envolvo mais
Talvez isso não seja o certo ao fazer
Mas simplesmente é real.
E se tudo for uma grande mentira?
Posso acordar amanha e perceber que o sol virou escuridão
Mas a cada passo que dou me afasto mais do sensato
Aonde vamos chegar?
O meu pensamento foge a todo momento
Me sinto perdida em um lugar conhecido
Talvez tudo o que foi cometido
Não passe de um simples mal entendido.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Você percebe que a queda vai ser grande
Algumas pessoas que você pensa que serão apenas mais uma
Te surpreendem sendo muito mais do que isso
Mas não, tenho que me conter
Seria fácil demais a vida
Se o sol brilhasse todo dia
Dias obscuros são necessários
Para que felizes valham a pena...
quarta-feira, 26 de março de 2014
Talvez a luz tenha ido embora
Até só restarem trevas
Mas você não se importa
As escolhas são minhas
Ninguém pode faze-las por mim
Mas por que isso me corrói?
As pessoas ao meu redor dançam com o vento
Passeiam a passos ritmados e previsíveis
Não há nada de novo
O céu parece seguir meus sentimentos
A cada nova lágrima
Uma nova chuva
Mas por que seriam novas
Se os motivos são os mesmos?
terça-feira, 25 de março de 2014
A felicidade não,
A felicidade é passageira, rápida
Deve ser aproveitada ao máximo em cada singelo momento
Cada toque de um pequeno sorriso
deve ser considerado como a mais pura
E a mais bela forma de alegria
E cada lágrima de tristeza
deve ser ignorada
Pois será apenas mais uma em meio a um mar de lamentos
segunda-feira, 24 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
Dentes rangendo
Raiva, tristeza...Felicidade
Por que o mundo é tão retórico?
Sentir-se confuso pode ser bom algumas vezes
Por que não consigo me sentir segura?
Meus pés não veem mais o chão
E meus olhos estão se fechando para a multidão
Sinto-me sufocada com a ilusão
De que um dia tudo poderia ter sido bom;
quarta-feira, 19 de março de 2014
Pensamentos Preocupados
O coração se torna uma fonte inesgotável de preocupações
Nessa fonte vou me afundando
Cada vez mais caindo...
Mas sempre com a esperança
De que um dia vai ter fim...
segunda-feira, 17 de março de 2014
Quando se passa uma grande parcela de tempo infeliz
Existe o achismo de que ser feliz é impossível.
Talvez a insegurança do que é novo seja a razão
Mas não é fácil se aventurar em algo pouco conhecido
As pessoas são como Icebergs,
Possuem imergidos uma imensidão de segredos e medos
Mas quem nunca quis se aventurar no obscuro
Buscando apenas a adrenalina do medo
Para quer ter segurança de que vai dar certo?
Só vai acontecer se você tentar.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Não vejo mais nada além disso
Meus sentidos estão cegos com a claridade da escuridão.
Não me deixe aqui,
Jogada, despedaçada, morta
Porque era sua função me salvar
Mas você não é capaz de evitar nem mesmo o derramamento de uma singela lágrima.
Você é incapaz de sentir o quanto eu sofri
Mas agora vai ser diferente
Não, eu não vou me arrastar nem implorar.
Eu vou simplesmente levantar e seguir em frente.
E essas caminhada vai ser longa
Porque nada vai me deter agora
Nem nunca mais.
Sim, eu acordei para uma nova realidade
E essa realidade sou eu quem crio.